O Colégio industrial de Belo Jardim, hoje Colégio Diocesano, tem sua história em memória viva por aqueles que o viram nascer, crescer e viver até a Rede Diocesana de Educação.
        São muitos os personagens que se destacaram na sua história, tendo como figura principal o nosso amado e abnegado Monsenhor Francisco de Assis Neves, a quem devemos os grandes feitos desta entidade educacional.
      Monsenhor Assis Neves, homem intelectual e dinâmico em seus valiosos trabalhos, vendo à necessidade de um educandário à Comunidade Belojardinense, tomou a iniciativa de se juntar ao Revmo. Senhor Bispo Diocesano de Pesqueira, Dom Severino Mariano de Aguiar (de saudosa memória), edificar o Ginásio Industrial, que funcionou sobre sua autêntica administração durante 26 anos, levando o educando a uma mudança de comportamento, digna ao desenvolvimento social, cultural e cristão, em prol da Pátria e da Humanidade.
         Este Educandário foi construído em um terreno adquirido pela Diocese de Pesqueira, sendo de propriedade dos Senhores Pedro Cândido da Silva e Tito de Barros Corrêa, isto se deu com a brilhante colaboração do então Ministro da Educação, o Exmo. Sr. Dr. Oliveira Brito e do governador do estado, o Exmo. Sr. Dr. Paulo Pessoa Guerra e o secretário de educação e cultura, o Sr. Dr. Edson Moury Fernandes, tendo à frente administrativa da referida obra, monsenhor Assis Neves.
         As atividades educacionais do Ginásio Industrial tiveram início no ano de 1965, com o curso de admissão e uma turma apta a submeter-se às provas logo que houvesse autorização do Exmo. Sr. Governador do estado.
Esta foi concedida aos vinte e quatro de fevereiro de 1966, pelo ato nº 1369, do Diário Oficial do mesmo dia.
       Aos doze de março de 1966, houve uma grande festa de inauguração, contando com a presença do Revmo. Sr. Dom Severino Mariano de Aguiar (de saudosa memória) – bispo diocesano, o Exmo. Sr. Dr. Edson Moury Fernandes – Secretário de Educação e Cultura, que com grande esforço prestou valiosíssima colaboração, deputado Airon Carlos da Silva Rios, jornalistas e várias outras personalidades de destaque em nossa cidade, além de representações de escolas e o povo em geral.
Nossa farda diária na época era; meninas trajando saia caqui de pregas com listas vermelhas e blusas brancas – meninos; trajando calça e camisa caqui.
Aos trinta de março de mil novecentos e setenta e três, passou a denomina-se Ginásio Industrial Diocesano de Belo Jardim, com seus estatutos devidamente registrados, tendo como finalidade difundir o ensino do 1º e 2º grau de acordo com a legislação vigente.
        Funcionou com todo êxito e dinamismo até o ano de mil novecentos e oitenta e dois, quando por necessidade de extinção do curso de artes, de acordo com a portaria do Diário Oficial de nº 5313 de 10-07-82, passa a ser Colégio Diocesano de Belo Jardim, que deu prosseguimento ao ensino aprendizagem, tendo uma grande aceitação de pais e alunos da nossa comunidade.
Durante vinte e sete anos, este grande empreendimento educacional funcionou no mais fiel cumprimento do dever que lhe fora confiado, isto, graças ao dinamismo extraordinário do Monsenhor Francisco de Assis Neves, junto ao Senhor Bispo Diocesano Dom Bernardino Machió, e seu presbitério, reconhece todo o sacrifício no árduo trabalho do seu diretor executivo e toma a iniciativa de criar um novo impulso à Pastoral da Educação, nomeando como diretor adjunto do Revmo. Monsenhor Assis Neves, o Revmo. Côneco Adilson Carlos Simões da Silva, para que em união com o diretor administrativo, pudesse acompanhar todo o processo de reestruturação contando sempre com o apoio e a colaboração do Corpo Docente e administrativo do Colégio Diocesano cardeal Arcoverde.
          Foi então que surgiu a idéia da criação da REDE – Rede Diocesana de Educação, que, vem exercendo relevantes trabalhos educacionais, conduzindo jovens e crianças a uma “Educação a Serviço da Vida”.
       O nosso baluarte e fiel a educação, Monsenhor Francisco de Assis Neves, sentindo-se com a saúde um pouco abalada, comunica ao Senhor bispo diocesano, o seu afastamento por definitivo das suas atividades profissionais do Colégio Diocesano de Belo Jardim, deixando gravado em memória viva, todo seu exemplo de heroísmo, aos que passaram, passam e passarão por este educandário – Colégio Diocesano de Belo Jardim.